Resenha: A Menina Que Roubava Livros [Livro]
- carpediemetec
- Aug 18, 2014
- 2 min read
Livro: “A menina que roubava livros”
Autor: Markus Zusak

Nunca estamos prontos para enfrentar o que a vida nos reserva, às vezes, nos saímos bem e nos surpreendemos com o fato de ter superado isso, mas até onde a dificuldade nos atingirá? E isso tudo só piora quando o mundo está em guerra, quando não sabemos em quem devemos confiar, onde o nosso silêncio pode fazer com que continuemos seguros, onde ajudar um amigo representa risco de vida. Viver durante a Segunda Guerra Mundial, não seria apenas um marco histórico, mas uma chance de mudar e de tentar fazer a diferença, e isso é o que Liesel faz.
Com apenas oito anos Liesel é levada para morar com o casal Hubermann, sua mãe está fugindo dos nazistas e seu irmão acaba de morrer. Ela enfrenta uma vida nova, com pessoas que ela desconhecia até então. Ela conhece novos amigos, sendo o Rudy o seu melhor amigo, que a acompanha em todas as suas travessuras, e Max um judeu que vai se esconder no sótão da casa em que ela está vivendo. Uma curiosa etapa na vida da menina que roubava livros.
Esse livro foi criteriosamente escrito, o autor se preocupou até mesmo em deixar bem claro o narrador da história, que por sua vez é a morte, esta que foi super atarefada nesse tempo sangrento, e que foi capaz até de dizer a respeito da condição humana. Com isso a morte diz a respeito do seu trabalho que “certamente, houve muitas rondas a fazer naquele ano, da Polônia à Rússia, à África, ida e volta. Talvez você argumente que eu faço a ronda em qualquer ano, mas algumas vezes a raça humana gosta de acelerar um pouquinho as coisas… Umas tantas bombas costumam resolver a questão. Ou umas câmaras de gás, ou a conversinha de canhões distantes”.
Não eram tempos fáceis em toda a Alemanha, as pessoas mais pobres tinham que se habituar às migalhas, que estas aos poucos foram se tornando cada vez mais raras, o desemprego estava em alta, ninguém poderia se arriscar a desobedecer às ordens do Führer. “De modo geral, era uma rua cheia de gente relativamente pobre, a despeito da visível ascensão da economia alemã no governo de Hitler”.
A história contada neste livro, não faz com que você apenas retorne ao passado e veja como tudo ocorreu, o quanto difícil foi enfrentar bombas e tanques, mostrar o quão cruel fora esse movimento, mas acima de tudo mostra que você pode continuar em pé mesmo depois de tudo isso, que por mais difícil que as coisas pareçam não devemos deixar espaço ao medo e até mesmo nos fazer refletir sobre quem somos e o que estamos buscando através de guerras e desentendimentos.
Por Eduarda Macedo
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